07 fevereiro 2011

embriaguês implacável

a lutar na vida amanhã
sentir frio
ficar curvado
na esquina e à chuva
casaco nas costas
camisa roubada ao peito
janelas sem sol
os sapatos de fivela esperta
o mesmo banco amigo
fico sentado ao contrário
escrevo para mim
no destino que o
horizonte nos atrái


Luís Paulo Meireles
in auge do ritual
non nova sed nove, nazaré, outubro 1997

2 comentários:

  1. Fabiano Donato Leite8.2.11

    A respeito da quebra de ordem sintática do texto, seria esta uma proposta nova de também se romper com a lógica de dominação capitalista? Seria herança do Futurismo de Itália ou tem algo que ver com a escrita automática surrealista?

    Gurupi, Tocantins, Brasil,08 de fevereiro de 2011

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  2. viva, obrigado pelo comentário.

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