maio
pano vermelho rasgado
a nossa bandeira viva
é assim que vivem os homens
olhando o oceano perdidos
o hálito da boca sem rumo
a violência do trabalho primeiro
ainda que viva em mim
o que resta do olhar
já não há vontade
aonde o silêncio vença as distâncias
as palavras devoram o norte do olhar
antes fugir da serpente ameaçadora
Luís Paulo Meireles
in auge do ritual
non nova sed nove, nazaré, outubro 1997
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