são as paredes de gelo
e a porta também
a solidão tem tudo
do incompreensivel
a memória, palavra ocre
marmórea, se resiste
e inventa
onde contigo eu gostava
de dedilhar as cordas
e o meu coração na tua mão
chora agora que partiste
tu não resististe ao fátuo
a tua vida
.......
interior a mim
existe, muito breve
o caule
e da raíz pouco sei
.......
palavra dada
palavra não magra
do inconsciente
das mínguas de amor
sobra não sei quê e atormenta-me
um amontoado
atravancando no olhar claro
a luz que brota
e é que brota quando há primavera e verão
e a uma estação se segue outra
.......
dispersa
além tropeça
se parece una é excitação
é fátuo se o que fica é dispersão
Clara Assis
in non nova sed nove, dezembro 97
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