metamorfose
eu de noite tenho medo
do vento que sopra
das folhas que caem
o homem forte grita
o lobo e as crianças a chorar
a noite é escura e adormece
a lua fala com o vento
eu de noite
enrolo pedras da tentação
o fogo aspira tudo
vendaval de ideias
sede e saudade escuridão
eu de noite
penso virando tudo
derrotado amedrontado
alucinado revoltado
mas é de noite que sou eu
Luís Paulo Meireles
in auge do ritual
non nova sed nove, nazaré, outubro 1997
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