20 janeiro 2011

entre duas ruas
lx, 25/02/97 (av. liberdade)

já posso dar-te a mão? os amores passam mas exibo aí um ar que espelha felicidade. e o momento é o teu exacto útero, que traz uma flor adormecida. neste imenso folhetim, aprende-se a brindar com pulmões arfantes. 

desculpe-me são jorge: detesto que façam das formigas civilização. já é tarde para sair de cena: a memória das palavras gastas.
o destino tem agora a bexiga apertada. e, além disso, jurámos fazer da noite de lisboa uma excursão de segredos.
entre duas ruas, rimo-nos e amámos a vida. sabiam que esta relva tem dois corações lá dentro?



nuno trinta de sá
in água de pedras (depois do tinto e antes da vodka)
non nova sed nove, junho 1997

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