27 janeiro 2011

em qualquer manhã, a areia sobre a boca
mistura-se com o esperma
e o perfeito animal enfia o braço
na moldura das horas

as manhãs agarram-se aos dentes

amanhece o pão dentro de
razões respiratórias - aqui nasce
um cemitério vestido de palavras


m. parissy
in a pela da parede
non nova sed nove, nazaré, setembro 1997

1 comentário:

  1. Wellitania Oliveira29.1.11

    Poema que traduz sua objetividade pessimista em relação ao homem e ao tempo, por meio de um vocabulário técnico, até certo ponto científico, o poeta cria "um cemitério" poético.

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