06 abril 2010

esta história
começa em mil novecentos e oitenta e nove, depois de um grupo de escrevinhadores editarem um livro de poesia.  poemarias foi o retrato de uma altura em que a biblioteca da nazaré era uma irmã insubmissa dos poetas, escritores, historiadores, jornalistas, gente com gosto pelos lados irreverentes da cultura de uma vila que o turismo matou. tanto a vila como os seus pescadores.
foi uma aventura depois de vários cafés, de várias noitadas e da malta nova que escrevia poesia se lembrar de editar um volume em conjunto. daí, seis nomes se juntaram. uns mais outros menos. armando s. macatrão, fátima sales, m.parissy, paula castelhano, paulo meireles e quim-zé. quatro páginas cada.
chegado das belas-artes de paris, gil da silva, oferece a ilustração da capa do livro. chamaram-lhe publicação marginal, foi impresso na biblioteca da nazaré na primavera desse ano. honras desgraçadas de lançamento na casa de um outro poeta e pintor: mário botas.
e assim se romperam as barreiras da incomunicabilidade dos auto-denominados filhos do mar.
em novembro do mesmo ano, um dos autores, m.parissy, edita por conta própria o poema corpo indómito com desenhos de um outro autor em poemarias, quim-zé.
era a continuidade da fotocópia para servir o poema.

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