14 janeiro 2011

                                                         para o Jaime Rocha


arpéticos
continuo sem saber qual a cor do deserto
perante a imaginação jorram
arco-íris cheios de lápis

corpos
animais gregor
azulejos

mas apanhei boleia num veículo
em transe

e afinal chegámos à terra
clandestina

depois do cheiro a suor
o anjo volta a adormecer

é certo o cancro das armas
pelas janelas sem vidro

voltei a viver por entre folhagens
ainda que a prisão me deixe ser
guardador da primavera que parte


m. parissy
in non nova sed nove, abril 1997

Sem comentários:

Enviar um comentário