para o Jaime Rocha
arpéticos
continuo sem saber qual a cor do deserto
perante a imaginação jorram
arco-íris cheios de lápis
corpos
animais gregor
azulejos
mas apanhei boleia num veículo
em transe
e afinal chegámos à terra
clandestina
depois do cheiro a suor
o anjo volta a adormecer
é certo o cancro das armas
pelas janelas sem vidro
voltei a viver por entre folhagens
ainda que a prisão me deixe ser
guardador da primavera que parte
m. parissy
in non nova sed nove, abril 1997
Sem comentários:
Enviar um comentário