15 setembro 2010

...Para trás, fica um abraço pregado ao chão, sem se poder arrastar para a caverna funda, onde o lobo te espera para aquecer o coração. Pode ser qualquer dia, quando te apetecer voltar para mim. À beira do abismo, o cavalo parou e está indeciso com o teu suor húmido.
Pode ser qualquer dia, talvez hoje, quem sabe?
Monta só uma vez, aproveita o andamento. Não deixes que as alianças te matem, porque o caminho está cheio de lanças romanas embebidas no álcool dos deuses gregos....

Jorge Plácido
in o cavalo parou e está indeciso / calatraia calatraia / para lá do sul amarelo
non nova sed nove, moimenta da beira, agosto de 1993

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