06 agosto 2010

cadáver II

onde páras
poeta de solas nos pés
partes do espelho à
comparação desmedida
o voo rasante à tua volta 
segue-me

a clareira efervescente de pensantes
inebria de ódio e dor
o brilho do ar que a rodeia
no espasmo dum corpo disforme
o silêncio e o eco
são fulcrais caminhos a alcançar

tenho uma artrite na garganta
coça-me o pé com a tua mão
bebida borbulhante
d. quixote com uma mancha
na cara
uma mula de desejo
um ruimárioalcidesricardo eu
também

uma donzela do
outro lado das mesas
há algumas lá ao fundo

mas que grande responsabilidade

alcides cardoso, m. parissy, ricardo bordalo e rui chaves
in
cadáver non nova sed nove, junho 92

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