cadáver II
onde páras
poeta de solas nos pés
partes do espelho à
comparação desmedida
o voo rasante à tua volta
segue-me
a clareira efervescente de pensantes
inebria de ódio e dor
o brilho do ar que a rodeia
no espasmo dum corpo disforme
o silêncio e o eco
são fulcrais caminhos a alcançar
tenho uma artrite na garganta
coça-me o pé com a tua mão
bebida borbulhante
d. quixote com uma mancha
na cara
uma mula de desejo
um ruimárioalcidesricardo eu
também
uma donzela do
outro lado das mesas
há algumas lá ao fundo
mas que grande responsabilidade
alcides cardoso, m. parissy, ricardo bordalo e rui chaves
in
cadáver non nova sed nove, junho 92
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