luto com fúria com as minhas pálpebras tímidas
toco no globo bolboso do meu olho
dele desaparece o interior esponjoso
fica como um olho de peixe morto
a órbita cospe-o, vomita-o
fica preso por um fiozinho da carne
ergo a cara
o meu olho assim pendurado bate-me na face
arranco-o de vez
ramiro du roc
in non nova sed nove, nº2, fevereiro 92
Sem comentários:
Enviar um comentário